Na Semana dos Afetos, a Escola do 1º ciclo de Arganil recebeu mais uma vez a visita da Filosofia para uma sessão de Filosofia para Crianças sobre o Amor. As turmas do 3º ano pensaram, dialogaram e debateram várias questões como: Podemos ficar apaixonados sem querer? Haverá um "príncipe encantado" para cada um de nós? O amor é a coisa mais importante da nossa vida? Para que serve o amor? És feliz se gostares de alguém que não gosta de ti? Podemos comprar o amor? Um presente é sempre uma forma de amor? O que sentimos no coração é mais certo do que o que a cabeça percebe? Será que todas as pessoas que dão beijinhos gostam uma da outra? Devemos, obrigatoriamente, preocupar-nos quando gostamos de alguém?
Estas perguntas foram baseadas na obra de Oscar Brenifier, O que são os sentimentos?, publicado em Português pela editora Dinalivro. Uma excelente obra que pensa os sentimentos e que nos faz interrogar os mais novos acerca daquilo que sentem, como sentem e porque o sentem. Estas perguntas foram problematizadas pelos alunos e daí advieram várias respostas curiosas e conclusões críticas. Mas antes disso, os alunos foram convidados a escutar uma história da autoria de Davide Cali, O que é o amor?, uma história simples mas com ilustrações magníficas, ajudando no imaginário da criança a pensar na tal definição de amor que a "Emma" (personagem principal da história) tanto deseja saber. Depois da leitura, perguntou-se a cada aluno qual a definição que tinham gostado mais e porquê. Após cada um justificar, tentou-se perceber se, de facto, a Emma tinha conseguido saber o que era o amor. Aqui, tenho que partilhar a resposta da aluna M. que disse "Sim, porque enquanto ela perguntava à mãe, ao pai, à avó e ao avô o que era o amor, ela própria já estava a fazer o amor, porque deu flores à mãe, quis ir brincar com o pai, fez um desenho para o avô e partilhou a comida com a avó". Daqui, iniciamos uma discussão acerca da relação entre as diferentes formas de amor e o modo como podemos demonstrar que gostamos de alguém.
Por fim, os alunos foram convidados a escrever a sua definição de amor num papel em forma de coração, juntamente com uma ilustração. Todos gostaram da estrutura da sessão e do próprio tema, tendo no final pedido mais sessões de Filosofia! (É tão bom sentir que as nossas crianças gostam de Filosofia e querem saber mais e ter mesmo aulas desta disciplina que ama o saber!).
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