segunda-feira, 10 de maio de 2021

Racionalismo - karaoke

 E se cantássemos com René Descartes? Como seria se houvesse uma música dedicada à teoria racionalista do conhecimento?

Sabe mais, aqui:






Gostaste? Deixa o teu comentário...

Ética deontológica x ética utilitarista

 Voltámos com mais materiais lúdico-didáticos, desta vez dois vídeos de karaoke com as teorias éticas dos filósofos Immanuel Kant e John Stuart Mill.

Já sabem a letra toda? Qual a vossa teoria favorita? Porquê?

Espero que a música ajude a interiorizar alguns aspetos das duas teorias... Bom estudo!









quinta-feira, 23 de abril de 2020

Thomas Kuhn


Deixo um vídeo que explica a teoria de Thomas Kuhn acerca da evolução da ciência.
Bom estudo!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

"Roubaram-nos os sonhos" - Texto de opinião sobre o discurso de Greta

Nos últimos meses têm surgido várias notícias em todos os meios de comunicação sobre Greta Thunberg e os seus discursos e opiniões sobre o tema do ambiente, nomeadamente todos os problemas ambientais que as gerações presentes enfrentam e que as gerações futuras também irão enfrentar. A opinião desta ativista sueca tem despertado vários apoios, mas também algumas opiniões opostas ao seu discurso.
No argumento apresentado Greta acusa os políticos de todos os países do mundo de terem roubado os seus sonhos e infância e, ao referir-se a tal, reporta-se também aos sonhos e infância de toda esta nova geração e das próximas. Ao dizer isto, Greta tenta persuadir o auditório através do Pathos pois desperta o sentimento de empatia do auditório em relação à situação “problemática” e “triste” de uma simples adolescente a quem “tudo foi roubado”.
O discurso de Greta, não apenas na situação enunciada, mas também no geral, é marcado por uma forte persuasão através do Ethos. Greta é apenas uma adolescente inocente que não tem culpa dos problemas ambientais, a quem ninguém pode “apontar o dedo”. Apresenta-se como uma oradora de bom caráter, boas intenções e digna de confiança.
No entanto, este argumento de Greta não é, em relação ao Logos, dos mais fortes. Apesar de defender um ponto de vista por muitos apoiado (que os políticos apresentam pouco compromisso para com a resolução dos problemas ambientais, preocupando-se muito mais com o crescimento económico), Greta acaba por se esquecer de todos os avanços tecnológicos e científicos que têm sido alcançados nas últimas décadas, e todos os que ainda podem ser alcançados e que nos podem ajudar a enfrentar com sucesso todos estes problemas ambientais existentes. Contudo, como Greta diz, muitos destes avanços acabam por não ter apoio dos políticos e consequentemente da sociedade, por não serem “vantajosos economicamente”.
Mas isso não nos deve “fazer perder a esperança” como a ambientalista disse no seu discurso. Os avanços tecnológicos e científicos, como a invenção do dispositivo que retira plástico dos oceanos através das correntes marítimas, devem fazer-nos ter esperança e apoiar todas estas inovações.
Concluindo, expresso o meu apoio a Greta e ao seu discurso, na medida em que devemos pressionar os políticos a agir corretamente e a mudarem a maneira como governam os países, mas não nos devemos deixar enganar apenas por “palavras soltas”, nunca perdendo a esperança e apoiando sempre ações concretas para a proteção do meio ambiente.
“Sozinhos não mudamos nada, juntos mudamos o mundo”

Diogo F., Aluno de Filosofia, 11º ano.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Forma canónica dos leões

A turma de Filosofia teve teste de Lógica e, como não poderia deixar de ser, tinham que transformar frases para a forma canónica (S é P), mas uma das frases gerou confusão entre todos: "Não se conhecem leões que não se alimentem de carne".
Ao que uma aluna publicou no twitter e os seus colegas não tardaram em opinar... E vocês? Quem é que acham que está certo? (Algum estará certo? 😂)


segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Tipos de argumentos

O que são argumentos dedutivos? E indutivos? E por analogia?
Como se caracterizam e como os podemos distinguir?
Sabe mais no vídeo acima... 

terça-feira, 26 de março de 2019

Ética utilitarista e ética deontológica

O tema da ação humana foi debatido no Colégio João de Barros, Pombal, com a turma de Filosofia do 10º ano. Os alunos foram convidados a pensar o que seria que Kant e Stuart Mill responderiam à professora Inês de Castro perante os dois casos práticos (fictícios) que esta lhes apresentou. 

1º caso prático:
Num passeio em plena tarde do dia 31 de dezembro, Inês encontra uma carteira no parque de estacionamento adjacente ao recinto do evento "Óbidos - vila natal". Perante a descoberta, Inês pede ao seu namorado que veja se a carteira contém documentos de identificação. Os dois descobrem 3 cartões de cidadão (uma mulher e duas crianças) e dinheiro, aliás, muito dinheiro! 
Não contentes em deixar a carteira no mesmo sítio, os dois guardam-na e tentam descobrir a mulher cujo cartão de cidadão apresenta. Inês vai às redes sociais e tenta, pelo nome, encontrar a mulher, identificá-la e envia mensagem tanto a ela como ao marido e familiares próximos (o que se descobre nas redes sociais!). Sem obter resposta, os dois vão aos intercomunicadores do evento e pedem que a senhora XXX se dirija à entrada, contudo, ela não aparece. Será que já não estará lá? Não desistindo de procurar, finalmente encontram os donos da carteira e entregam tudo, sem exceção aos mesmos, desejando-lhes um bom ano novo e recebendo sorrisos e agradecimentos.

2º caso prático:
Inês e 4 amigas vão numa viagem turística a Roma. Entre os passeios, decidem parar num quiosque para comprar algumas lembranças... Eis que, em cima do balcão do quiosque uma das amigas apercebe-se que estão caídas várias notas e chama a atenção das restantes. Perante a descoberta as amigas tentam perceber se o dinheiro pertence a alguém mas rapidamente entendem que seria de algum turista que havia deixado cair o dinheiro ao comprar as suas lembranças! Subitamente, uma das amigas decide guardar as notas e dividir o dinheiro pelas 5 para assim aproveitarem ainda mais a sua girls trip!

Desafio:
Se Kant e Stuart Mill tivessem que responder a estes casos práticos, o que diriam? Imagina que és Kant e Stuart Mill e escreve uma carta à Inês.

Deixo aqui algumas cartas criativas e ousadas:







E tu?
Concordas com os alunos do Colégio João de Barros? Envia-nos as tuas respostas ou dúvidas nos comentários abaixo.

Obrigada pela colaboração a todos os interessados, participativos e talentosos alunos do Colégio João de Barros e um agradecimento especial à professora Vanessa Silva pelo convite.


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Celebrar a Pensar - O Dia Mundial da Filosofia em Coimbra

No passado dia 15 de novembro, celebrou-se o Dia Mundial da Filosofia, que ocorre sempre na terceira quinta-feira deste mesmo mês. Sendo a Filosofia uma disciplina que procura o verdadeiro conhecimento e despoleta o espírito crítico e autónomo, a celebração desta data não podia passar incólume. Assim, o Colégio de São Teotónio, em Coimbra, contou com algumas iniciativas para o celebrar.


A primeira delas consistia num mural filosófico, composto por imagens que fossem mostra do que é a filosofia para cada aluno da disciplina. Para a criação desse mural fez-se uma base com papel vegetal, onde foram coladas as imagens - cada uma numa folha A4. Após a colagem e de modo a realçar o âmbito do mural, foi colocada uma tira de papel celofane, onde foi recortada a palavra FILOSOFIA. A opção por este tipo de papel deu-se de modo a não omitir nenhuma das imagens. O resultado foi a figuração da pluralidade e diversidade de pensamentos e posições que pautam a disciplina. Quando o mural foi exposto, cada aluno mostrava orgulhosamente qual tinha sido a sua opção, justificando-se e tentando também compreender as dos restantes.



No entanto, a comemoração deste dia, instituído desde 2005 pela UNESCO, não se ficou por aqui. Até porque à quinta-feira é também dia de Filosofia para Crianças, então nada melhor do que incluir os mais pequenos nesta celebração.


O trabalho com os meninos desta atividade extracurricular começou uma semana antes, com uma sessão onde tinham por tarefa distinguir perguntas “tontas” de perguntas “não tontas”. Com todos os contributos, os mais pequenos chegaram à conclusão de que existiam perguntas que não são tontas: aquelas que interessam a toda a gente, são pertinentes e falam de coisas sérias. Posto isto, o desafio era o de criar perguntas “não tontas”, que não se soubesse a resposta mas que se quisesse muito saber. Essas perguntas iriam ser entregues aos “meninos grandes” para eles tentarem responder. No entanto, um projeto que iria apenas decorrer como “Correspondência Filosófica” (troca de perguntas e respostas entre uns e outros), tornou-se algo mais, dado que os pequenos filósofos perguntaram se os meninos que lhes fossem responder o iriam fazer presencialmente. E assim foi.
Mas não sem antes os mais pequenos pensarem em questões filosóficas, tais como “Por que razão o universo é infinito?” “Por que existem planetas?” “Porque é que Jesus é importante?” “Por que motivo existirem cores?” “Porque é que existe Portugal?” “Porque é que existem horas?” “Porque é que as crianças têm que ir à escola?”. Todas as questões resultantes provieram destas pequenas mentes brilhantes. Chegados ao dia 15 de novembro, encontraram-se as grandes mentes. Foi uma sessão de Filosofia para Crianças diferente, onde os mais velhos vinham para responder às questões dos mais novos, mas no entanto, foram eles os mais surpreendidos.


Aquando da resposta à pergunta “Porque é que as crianças têm que ir às aulas?”, quando um aluno do 11º ano respondia que é um dever e também um direito, pois permite-nos ganhar bagagem para um dia realizarmos os nossos sonhos, eis que uma pequena grande mente pergunta “Então por que é que antes as crianças não precisavam de ir à escola?”. Como se não bastasse, e não contentes com as respostas dadas, eis que um dos mais pequenos se sai com a seguinte questão: “Se é assim, porque é que o Presidente do Brasil continua a achar que as mulheres não devem ir à escola?
(A expressão dos mais velhos, neste momento, deveria ter sido filmada, surpresos não só por os mais pequenos saberem quem é Bolsonaro, mas também pela acuidade da pergunta).
Tendo sido esta sessão tão enriquecedora e de modo a louvar o empenho de ambas as partes, tínhamos que mostrar isto à restante comunidade escolar. Neste sentido foram expostas algumas das perguntas feitas pelos meninos do 1.º ciclo e respetivas respostas dadas pelos alunos de Filosofia do 11.º ano.

E assim foi o culminar da celebração de uma área que nos lembra o dever de uma permanente abertura ao diálogo, questionamento, luta contra a passividade de aceitarmos tudo acriticamente e nos mantermos sempre atentos.
Com certeza que receberão mais notícias nossas, pois estes encontros entre “grandes” e “pequenos” foi deveras tão gratificante que perdurará.

Professora Susana Pais.