segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mito da vida

"(...) Na nossa vida percorremos muitos caminhos diferentes. E buscamos a liberdade. Mas, o que é a liberdade? Será que somos livres? Esses nossos caminhos, que percorremos ao longo do ano, muitas vezes são caminhos vazios. Quer sejamos jovens quer sejamos velhos, vivemos, cada um conforme a sua idade, uma ilusão de “eterna juventude". Novos ou velhos, vivemos uma “eterna juventude” que não existe!
É a “eterna juventude” de quem não querer ser velho. O medo da velhice, que não é outra coisa senão medo da morte. Porque afinal talvez a vida que vivemos ainda não seja a vida autêntica que Deus quer para nós. Talvez seja uma vida superficial e vazia, por isso, cria-se a ilusão de um permanente rodopiar, para se esquecer que se envelhece.
É a “eterna juventude” dos jovens sem perspectivas. São tantos nas nossas terras! Olha, Senhora do Mont’Alto, para os nossos jovens e abençoa, principalmente, os que vivem sem entusiasmo… incapazes sequer de escolher um futuro … Os jovens a ver a vida passar… Os que escolhem um curso qualquer porque a nota não dá para outra coisa… ou simplesmente porque importa pouco ser este ou aquele. Os jovens que vivem o mito da “eterna juventude” que é apenas presente sem futuro. Mostra-lhes, Mãe, que a vida autêntica é mais do que a passividade de ver a vida a passar! (...)
Mãe, nós chegámos aqui porque esquecemos o mais importante. Mas sabemos que esse “mais importante” que esquecemos é algo Tu nos podes dar e é por isso que viemos aqui. Esse “mais importante” tens-l’O aí ao colo: Jesus Cristo, o único capaz de nos salvar dos falsos mitos da “eterna juventude” e de nos dar a Vida autêntica.
Na ânsia de conquistar a liberdade, quisemos, tantas vezes, libertar-nos de Deus, em Quem vimos um tirano. Mas, afinal, agora descobrimos que não conquistámos liberdade nenhuma com isso: fomos, antes, conquistados por prisões e vícios dos quais agora só dificilmente nos libertaremos. (...)
Mãe, abençoa os casais, abençoa as famílias. Faz-nos redescobrir a beleza da fidelidade, das coisas que permanecem. Do que vale a pena, do que é autêntico e não superficial. Dantes pensávamos que as coisas que são para toda a vida eram um fardo, uma seca. Achámos que era preciso sermos algo a que chamávamos “moderno”. Agora, Mãe, descobrimos que não temos que ser fiéis nem ao que é moderno nem ao que é antigo, mas apenas ao Eterno. Tudo o resto passa, tudo o resto é fútil e banal… tudo o resto não vale a pena… (...)" Pdr. Orlando Guerra Henriques

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