Muitas vezes ouvimos dizer que a 'filosofia só reflecte acerca do mundo e não tem nada a ver com o nosso quotidiano'. Isso é uma completa mentira, feita por alguém que não conhece a sua essência. Na dança, por exemplo, vemos a filosofia exposta e toda a gente a ouve e sente sem sequer se aperceber. Este livro - 'o hip hop e a filosofia- ritmo e razão' - relata a união entre estas duas culturas.
O rap é visto, pelos jovens, como algo na 'moda', algo agradável de se ouvir devido ao seu ritmo bastante próprio, mas o que estará por de trás deste ritmo? Não, não estão apenas rimas propositadas ou frases sem sentido... está um trabalho intenso e criativo e uma mensagem implícita. Quantas e quantas vezes ouvimos uma música deste género a falar de discriminação, violência, do sentido da vida, da existência de deus, da liberdade... ora, e estes temas não são os temas que a filosofia aborda?
Assim como o hip-hop pretende se afirmar nesta sociedade cada vez mais injusta, também a filosofia pretende guardar para si um lugar à sombra, que há muito o roubaram. ainda pensavam que o hip-hop e a filosofia não tinham nenhuma relação? Que a filosofia era apenas uma velhinha e inofensiva área do saber a quem deviam respeitar, enquanto que o hip-hop era o oposto, era concreto, algo jovem, activo, cheio de adrenalina? Desenganem-se os que têm essa opinião. Ao ler este livro percebemos de que maneira estas duas áreas se influenciam. Recomenda-se a leitura!
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