quinta-feira, 13 de maio de 2010

Condicionantes da felicidade

Um movimento... um olhar... um gesto... uma palavra... um simples acto que pode mudar a nossa vida. Os rumos que tomamos podem esta condicionados por este simples acto. A energia que se transmite, a luz do olhar ou a batida do coração podem ser o cenário de uma decisão: a batida é a banda sonora, o olhar é o tema e a energia é o representante do movimento. As condicionantes da acção humana são muitas, como o medo e a vergonha. O limite é sempre o aspecto e o desejo é alcançar a felicidade. Acho surpreendente como é que a felicidade do ser humano pode ser interferida pelo receio. Talvez se vivessemos sem pensar e apenas sentissemos a melodia de cada episódio, os dias seriam repletos de magia. Estou farta de magia empacotada e encomendada, anseio pela magia verdadeira. O hábito atravessa a alma e habita no coração, se ao menos possuíssemos tudo aquilo que desejamos talvez fossemos menos completos, já que quem nos completava não éramos nós! O homem precisa de entender que cada momento define uma acção futura e que cada pensamento define uma filosofia. Temos que perceber que não são apenas as imagens que constróem um passado ou uma vida, mas também as pessoas, sejam elas fruto da fantasia ou não, já que nunca chegamos a conhecer ninguém na realidade, nem mesmo a nós próprios. Se ao menos eu me conhecesse a mim mesma, poderia sentir o que é melhor e escolher o fruto! A realidade que nos rodeia congela-nos e só nos apetece voltar para o calor do passado. Não dará para criar as condições? Pôr um fim ao pensamento e dar início ao movimento que cria a coreografia do meu dia-a-dia é algo que me incentiva a amar. A amar as imagens, os sons e principalmente as almas que me rodeiam. Pedem-me constantemente para dar o meu melhor e nunca desistir, mas o máximo relativo não tem o mesmo significado que o máximo absoluto. O tempo é algo que influencia e condiciona as nossas acções. Será que a experiência é importante para o nosso quotidiano? Lógico para os empiristas, menos objectivo para o resto. Uma mente céptica não crê nas minhas palavras e põe em dúvida as minhas emoções. Emoções, essas, que estão repletas de dignificado, um significado duro que corre para além da visão, pois transcende qualquer sentido. O silêncio da alma aprova a minha ânsia e respondo com um sorriso ao meu presente: a minha melancolia é fruto de um só viver, de um só olhar, de um só coração, de um só pensamento. Explicar não é fácil para quem não sente, pois só sentindo é que se consegue entender. A experiência, de facto, é algo que torna o ser humano feliz. Sem ela não teríamos recordações, que nos aconchegam e nos fazem sorrir lentamente para um novo caminho. A meu ver, não são os órgãos sensoriais que vêem, ouvem, falam... mas sim a alma! Os órgãos apenas são a roupa da alma, ela é a nossa pessoa, o corpo não faz sentido se a alma não estiver acordada. Apenas a alma é dona da nossa existência. Recordo-me de um sorriso que a alma dele me proporcionou, sinto uma ansiedade que só eu me proporciono. A felicidade é um estado que se tem quando a nossa alma está satisfeita e a tristeza não faz parte do vocabulário do corpo, pois este só a sente quando a alma se sente incapacitada. Deixem-me sonhar e devendar o meu futuro! Deixem-me sorrir e sonhar com a dança da minha vida.

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