"A máxima felicidade possível para o maior número possível de pessoas é a medida do bem e do mal." John Stuart Mill
Quando erramos normalmente desculpamo-nos dizendo "a intenção é que conta, desculpa." Será que esta frase vai contra alguma ética moralista? Definitivamente, SIM. A ética de John Stuart Mill considera que a intenção do sujeito pouco importa, o que interessa na acção são as consequências que esta provoca. Ora, se esta frase vai contra Stuart Mill, quem é que defende que a intenção da acção é importante? A resposta é KANT. A moral Kantiana diz-nos que mesmo que as consequências sejam drásticas o que conta é a intenção com que o sujeito a fez e não o fim.
Vejamos o seguinte exemplo, um homem armado ameaça uma mulher e outro homem para salvá-la atira-se ao homem armado e sem querer, dispara e acerta na mulher, acabando por a matar. A intenção dele foi salvar a mulher, no entanto acabou por a prejudicar. Será que este homem tem perdão?
Comentem e digam que posição moral é que assumem: se o homem tiver perdão porque a intenção dele era salvar a mulher, então estamos perante a moral Kantiana. Se pelo contrário não tiver perdão porque matou a mulher, mesmo que sem intenção, então estamos perante a moral de Stuart Mill.
Concordo com a moral Kantiana.
ResponderEliminarSe a intenção do homem fosse mesmo salvar a mulher, apesar desta ter sido morta, ele merece perdão, e possivelmente vai-se sentir a pessoa mais culpada do mundo em relação à morte da mulher. Mas o facto é que tentou salvar uma vida, e isso importa. Claro que a moral Kantiana serve também para coisas menos drásticas, como desejar os parabéns um dia depois de o aniversariante ter feito anos e outras coisas.