Nos últimos meses têm surgido várias notícias em todos os meios de comunicação sobre Greta Thunberg e os seus discursos e opiniões sobre o tema do ambiente, nomeadamente todos os problemas ambientais que as gerações presentes enfrentam e que as gerações futuras também irão enfrentar. A opinião desta ativista sueca tem despertado vários apoios, mas também algumas opiniões opostas ao seu discurso.
No argumento apresentado Greta acusa os políticos de todos os países do mundo de terem roubado os seus sonhos e infância e, ao referir-se a tal, reporta-se também aos sonhos e infância de toda esta nova geração e das próximas. Ao dizer isto, Greta tenta persuadir o auditório através do Pathos pois desperta o sentimento de empatia do auditório em relação à situação “problemática” e “triste” de uma simples adolescente a quem “tudo foi roubado”.
O discurso de Greta, não apenas na situação enunciada, mas também no geral, é marcado por uma forte persuasão através do Ethos. Greta é apenas uma adolescente inocente que não tem culpa dos problemas ambientais, a quem ninguém pode “apontar o dedo”. Apresenta-se como uma oradora de bom caráter, boas intenções e digna de confiança.
No entanto, este argumento de Greta não é, em relação ao Logos, dos mais fortes. Apesar de defender um ponto de vista por muitos apoiado (que os políticos apresentam pouco compromisso para com a resolução dos problemas ambientais, preocupando-se muito mais com o crescimento económico), Greta acaba por se esquecer de todos os avanços tecnológicos e científicos que têm sido alcançados nas últimas décadas, e todos os que ainda podem ser alcançados e que nos podem ajudar a enfrentar com sucesso todos estes problemas ambientais existentes. Contudo, como Greta diz, muitos destes avanços acabam por não ter apoio dos políticos e consequentemente da sociedade, por não serem “vantajosos economicamente”.
Mas isso não nos deve “fazer perder a esperança” como a ambientalista disse no seu discurso. Os avanços tecnológicos e científicos, como a invenção do dispositivo que retira plástico dos oceanos através das correntes marítimas, devem fazer-nos ter esperança e apoiar todas estas inovações.
Concluindo, expresso o meu apoio a Greta e ao seu discurso, na medida em que devemos pressionar os políticos a agir corretamente e a mudarem a maneira como governam os países, mas não nos devemos deixar enganar apenas por “palavras soltas”, nunca perdendo a esperança e apoiando sempre ações concretas para a proteção do meio ambiente.
“Sozinhos não mudamos nada, juntos mudamos o mundo”
Diogo F., Aluno de Filosofia, 11º ano.